As ações serão executadas ao abrigo do plano de trabalho bianual, assinado hoje, em Bissau, entre o Ministério do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

O plano prevê um investimento superior a 1,1 milhões de dólares, quase um milhão de euros, em medidas de sensibilização e mitigação dos riscos na Guiné-Bissau, onde "460 mil crianças vivem em terras com alto risco de inundações", segundo a UNICEF.

O ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação climática, Viriato Cassamá, referiu-se a este plano de trabalho como "um marco significativo para o desenvolvimento sustentável, proteção das crianças e resiliência climática".

Para o governante, esta parceria mostra que "a proteção do ambiente e o bem-estar das gerações futuras são indissociáveis"

"As alterações climáticas ameaçam não apenas os ecossistemas, mas também os direitos fundamentais das crianças, como o acesso à água potável, à saúde e educação", disse.

Segundo o ministro, através deste programa, a Guiné-Bissau irá "fortalecer a resiliência climática das comunidades mais vulneráveis, garantindo que as crianças estejam no centro de políticas ambientais".

O propósito, indicou, é "promover a educação ambiental, capacitando os jovens como agentes de mudança para um futuro sustentável e implementar soluções inovadoras para a gestão dos recursos hídricos e redução de risco de desastres naturais, assegurando que nenhuma criança fica para trás".

O plano tem o apoio técnico e financeiro da UNICEF e, segundo o representante deste organismo das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Inoussa Kabore, o país africano "está entre os países mais afetados" pelas alterações climáticos.

Deu como exemplo as "460 mil crianças [que] vivem em terras com alto risco de inundações", entre os cerca de dois milhões de habitantes da Guiné-Bissau.

O representante da UNICEF explicou que o plano está focado em três eixos, começando pela resposta às alterações climáticas, com estratégias para adaptação e mitigação dos riscos climáticos e de redução dos riscos de desastres naturais.

O plano de trabalho vai apoiar, também, "o empoderamento de crianças e jovens para liderar a advocacia e ação climática, garantindo que as suas vozes sejam ouvidas", apontou.

As medidas previstas visam ainda o reforço das políticas climáticas sensíveis às crianças.

 

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