O grupo, que tinha saído da província indonésia de Sulawesi Tengarra a 01 de junho e que se dirigia ao Norte da Austrália, acabou por ter que parar na ilha timorense depois de problemas no barco em que viajavam, segundo fontes timorenses.
Aurélio Guterres, do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) criado para a covid-19, explicou à Lusa que o grupo atracou na ilha de Jaco, na ponta leste do país, a 12 de junho, "devido a problemas no navio".
"São oito homens e três mulheres, mais dois indonésios que são tripulantes do barco", explicou.
"Desde logo aplicámos as regras de prevenção da covid-19 e, inicialmente, pensamos que podiam ficar a bordo da embarcação, mas como não tinha condições, optámos por transferi-los para quarentena em Díli", disse.
Guterres explicou que todos os elementos do grupo foram avaliados preliminarmente por equipas médicas ainda em Jaco e que, posteriormente, em Díli foram testados à covid-19, "com todos os resultados a serem negativos".
"Temos por um lado a questão da covid-19, mas agora temos a questão da imigração", referiu.
Timor-Leste tem as fronteiras fechadas e o processo de deportação do grupo pode ser mais complicado.
Ainda assim, Aurélio Guterres explicou que o grupo vai ser formalmente entregue aos serviços de imigração, tendo sido já estabelecidos contactos com a embaixada do Vietname em Jacarta e com a Organização Internacional das Migrações (OIM).
"Estamos em diálogo também com o Programa Alimentar Mundial (PAM) que tem agora voos semanais da Malásia para Díli e pode ser que consigamos que viagem nesse voo", referiu.
O elemento do CIGC explicou à Lusa que as investigações preliminares apontam a que o grupo seja alvo de uma rede de tráfico de pessoas, explicando que o destino era o norte da Austrália.
"A informação inicial é de que pagaram cada um 22 mil dólares pela viagem", referiu.
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