"Três mísseis de cruzeiro lançados na manhã de hoje por navios russos no Mar Negro, com destino a Ucrânia, cruzaram o espaço aéreo da Moldova", afirmou Nico Popescu na rede social Twitter, acrescentando que já convocou o embaixador russo na Moldova.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros descreveu, através da rede social Telegram, como "absolutamente inaceitável" esta violação do espaço aéreo da Moldova.

Popescu especificou que as violações do espaço aéreo nacional ocorreram entre 08:33 e 09:02, hora local (06:33 e 07:02 em Lisboa, respetivamente) e que os mísseis se dirigiam para a Ucrânia.

"Os mísseis representaram um perigo para a infraestrutura da República da Moldova e, em particular, para as aeronaves civis que voam no espaço aéreo do país", referiu o Ministério da Defesa num comunicado publicado no seu portal oficial.

O ministério da Defesa moldavo, juntamente com outras estruturas governamentais do país, "acompanha de perto a situação na região e condena veementemente os ataques do Exército russo às cidades ucranianas".

Várias localidades ucranianas -- incluindo Kiev e ainda as regiões de Khmelnytskiy, Lviv, Dnipro, Vinnitsia, Zaporijia, Sumi, Kharkiv e Jytomyr - foram bombardeadas hoje pelas forças russas, segundo as informações fornecidas pelas autoridades da Ucrânia.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou hoje a Rússia de ter lançado uma campanha de bombardeamentos das infraestruturas energéticas da Ucrânia, com recurso a armamento iraniano.

"A manhã está a ser dura", disse Zelensky num vídeo na rede social Telegram, referindo-se a bombardeamentos que fizeram pelo menos oito mortos e 24 feridos em Kiev.

CSR // APN

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