"Temos notícias que nos dão ânimo da crescente neutralização e liquidação dos terroristas que se tentam apoderar das nossas riquezas em Cabo Delgado", afirmou o chefe da bancada da Frelimo na Assembleia da República (AR), Sérgio Pantie.
Sérgio Pantie falava em nome da bancada parlamentar do partido, no discurso de abertura da terceira sessão da IX legislatura da AR, hoje em Maputo.
O deputado salientou que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) têm-se batido contra os grupos armados que protagonizam ataques em Cabo Delgado.
"Queremos saudar a bravura de milhares de jovens que têm travado batalhas vitoriosas contra os terroristas em Cabo Delgado", enfatizou o chefe da bancada da Frelimo.
Sérgio Pantie classificou como "terrorismo" a violência armada naquela província, defendendo a cooperação global contra o fenómeno.
Na abordagem a outros temas de atualidade em Moçambique, Pantie apontou o "relaxamento perigoso" dos moçambicanos que conduziu ao aumento exponencial de mortes, casos de infeção e internamentos devido à covid-19, que se vem registado desde o início do ano, exortando a sociedade a pautar-se por um comportamento responsável.
"Enfrentamos uma realidade fatal que vem desafiando o nosso Sistema Nacional de Saúde", destacou.
Sérgio Pantie apelou à solidariedade dos países ricos para com os parceiros pobres, assinalando que a ameaça da covid-19 nunca será eliminada no mundo, enquanto houver zonas do globo assoladas pela pandemia.
"Que os países ricos façam chegar as vacinas [contra a covid-19] aos pobres, para que a pandemia deixe de continuar a ser uma ameaça à humanidade", destacou.
A terceira sessão ordinária da IX legislatura da Assembleia da República arrancou hoje e prolonga-se até 13 de maio.
A violência armada na província nortenha de Moçambique, onde se desenvolve o maior investimento multinacional privado de África, para a exploração de gás natural, está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.
Algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico desde 2019.
Moçambique regista um cumulativo de 608 mortes por covid-19 e 56.920 casos de infeção.
PMA // JH
Lusa/Fim