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O general Pezarat Correia, que esteve envolvido nas negociações para a independência de Angola, diz, 45 anos depois, que "foi extremamente difícil" manter a data para a concretização do processo, e que houve riscos de ser "declarada unilateralmente".
Segundo o militar, que foi membro do Conselho da Revolução em Portugal e que esteve no processo negocial que conduziu ao Acordo de Alvor - assinado entre o governo português e os principais movimentos angolanos, Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), em janeiro de 1975, quanto mais tarde ocorresse a independência do país pior teria sido.
O militar rejeitou, assim, as críticas feitas aos responsáveis pelas negociações, que apontam um processo feito à pressa, com consequências sérias para Angola e para os portugueses.