Os dois reféns, identificados como Fernando Simon Marman, de 60 anos, e o cunhado, Louis Har, de 70 nascido na Argentina, estão bem de saúde e foram transferidos para centros de saúde para exames médicos, disseram as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).

A libertação dos três reféns aconteceu numa operação conjunta com o serviço de segurança e informações e com a polícia israelita, em Rafah, junto à fronteira com o Egito, de acordo com um comunicado.

O porta-voz das IDF, Avichai Adrai, avançou que as forças israelitas invadiram o edifício residencial e libertaram os reféns de um apartamento no segundo andar, depois de confrontos com homens armadas.

O exército israelita acrescentou que "três terroristas foram mortos no edifício", indicou num relatório preliminar.

Adrai referiu que a força aérea israelita lançou "uma onda de ataques contra dezenas de alvos pertencentes" a uma brigada afiliada ao Hamas para permitir que os agentes conseguissem levar os reféns ao local onde foram recolhidos de helicóptero.

A mulher de Louis Har, Clara Marman, de 62 anos, a irmã Gabriela Leimberg, de 59, e a sobrinha, Mia, de 17, tinham sido libertadas em 28 de novembro, no âmbito de uma trégua negociada pelo Qatar e pelos Estados Unidos entre o Hamas e Israel.

De acordo com autoridades palestinianas, a operação agora lançada por Israel em Rafah causou a morte de pelo menos sete pessoas.

Testemunhas citadas pela agência de notícias Associated Press mencionaram pelo menos 17 ataques aéreos, além de disparos de helicópteros.

A família de Fernando Simon Marman e Louis Har tinha sido raptada pelo Hamas num colonato durante o maior ataque do movimento islamita em solo israelita, em 07 de outubro, que desencadeou o conflito com o grupo palestiniano na Faixa de Gaza.

O ataque do Hamas fez mais de 1.100 mortos e cerca de 250 reféns, sendo que mais de 100 continuam em cativeiro.

O anúncio da libertação dos dois reféns ocorreu horas depois das IDF terem lançado vários ataques aéreos contra Rafah. Inicialmente, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, disse os ataques tinham causado 52 mortos.

O exército de Israel disse ter realizado "uma série de ataques contra alvos terroristas na área de Shabura", uma zona de Rafah, de acordo com um comunicado.

No domingo, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou ao exército que preparasse uma ofensiva contra Rafah, onde chegaram, nas últimas semanas, mais de 1,3 milhões de palestinianos em fuga da guerra.

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