
Em comunicado por ocasião do primeiro aniversário do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, que se assinalou na quinta-feira, a embaixada norte-americana em Maputo encoraja o Governo moçambicano e a liderança da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, a continuar empenhados na preservação da estabilidade política e militar no país.
"A embaixada dos EUA louva o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi e o líder da Renamo, Ossufo Momade, pelo seu empenho continuado durante o ano passado em trabalhar para o cumprimento dos objetivos do acordo de cessar-fogo e de paz", refere a nota.
A embaixada norte-americana saúda o reatamento do DDR dos guerrilheiros da Renamo no centro de Moçambique.
"O regresso à vida civil de 554 ex-combatentes da Renamo é uma realização de que ambos os lados se podem orgulhar e encorajamos a continuação deste progresso estável em direção ao objetivo de completar o processo de desarmamento, desmobilização e reintegração em 2021", refere-se no comunicado.
Na nota, os Estados Unidos prometem continuar a apoiar o processo de paz através do quadro do Grupo de Contacto Internacional.
"Paz e estabilidade são pré-requisitos para a construção de uma democracia forte e vibrante que promova a liberdade, segurança e prosperidade de todos os cidadãos, libertando, por sua vez, o potencial para o desenvolvimento e crescimento económico de Moçambique", acrescenta-se no comunicado.
Na quinta-feira, passou um ano da assinatura do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional entre o Presidente moçambicano e o líder da Renamo.
Ao abrigo do acordo, mais de 500 antigos guerrilheiros da Renamo - da meta de pouco mais de 5.000 - foram desmobilizados no âmbito do DDR.
O entendimento é o terceiro entre o Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e a Renamo, desde a assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP) em 1992, que pôs termo a 16 anos de guerra civil à escala nacional.
Os dois acordos resultaram de confrontos entre as forças governamentais e a guerrilha da Renamo na sequência da contestação dos resultados eleitorais pelo principal partido da oposição.
Além da instabilidade no centro, Moçambique está a braços com ataques armados no norte do país, alguns dos quais reivindicados pelo Estado Islâmico (EI), que já provocaram pelo menos mil mortos.
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