
De acordo com novo porta-voz da conferência de líderes, o deputado social-democrata Francisco Figueira, "não houve acordo" em relação à disposição dos lugares dos deputados e o tema "será objeto de uma deliberação da Assembleia da República".
Francisco Figueira adiantou que compete ao presidente do parlamento, José Pedro Aguiar-Branco, elaborar o "projeto de resolução "e, portanto, competir-lhe-á a ele a deliberação quanto a essa matéria".
Na última conferência de líderes, realizada na segunda-feira, o PSD passou a ter oito lugares na primeira fila do parlamento, quando na anterior legislatura tinha sete, mas a distribuição dos lugares no hemiciclo também não reuniu consenso.
Na terça-feira, na primeira sessão plenária da XVII Legislatura, da direita para a esquerda, a primeira fila do hemiciclo foi ocupada por cinco deputados do Chega, um do CDS, dois da Iniciativa Liberal, oito do PSD, cinco do PS, dois do Livre e um do PCP.
O problema mais complicado surgiu com a colocação dos deputados únicos do PAN e do JPP (Juntos Pelo Povo) que, proposta do PSD, passaram a ficar sentados na segunda fila imediatamente à esquerda do PS (ou seja, entre o PS e o Livre) e não, como se previa, entre as bancadas social-democrata e socialista.
Esta proposta do PSD, apesar de ter merecido acolhimento maioritário nessa conferência de líderes, foi contestada pelo PCP e, sobretudo, pelo Livre.
A líder parlamentar do Livre, Isabel Mendes Lopes, fez questão de abordar o tema na primeira sessão plenária da legislatura e pediu ao presidente do parlamento que o problema fosse resolvido, queixando-se que não consegue virar-se para trás e dialogar com a sua bancada, uma vez que os seis deputados não ficam sentados agrupados ao longo de três filas.
ARL (PMF) // JPS
Lusa/Fim