"Durante as nossas visitas no terreno, constatámos que há desafios nas nossas fronteiras, relativos ao transporte, para se fazer a necessária patrulha e vigilância", disse Catarina Dimande, deputada membro da Comissão das Relações Internacionais, Cooperação e Comunidades (7.ª Comissão) da Assembleia da República, citada hoje pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).

A comissão parlamentar fez na terça-feira uma visita de trabalho de cerca de uma hora ao Ministério do Interior para troca de informação.

Durante o encontro, a comissão recomendou que seja exercido maior controlo por parte da Polícia da República de Moçambique (PRM) nas fronteiras.

A visita enquadrou-se na ação de fiscalização de atos de governação por parte do parlamento.

No caso, os deputados da 7.ª Comissão debruçam-se sobre ações levadas a cabo em matérias de defesa e segurança, com maior ênfase sobre os conflitos nas norte e centro do país.

As autoridades moçambicanas têm afirmado que parte dos autores dos ataques armados em Cabo Delgado são estrangeiros que se aproveitam da porosidade das fronteiras.

A violência armada em Cabo Delgado está a provocar uma crise humanitária com cerca de 2.000 mortes e 435.000 pessoas deslocadas para províncias vizinhas, sem habitação, nem alimentos suficientes - concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.

No centro, conflitos com guerrilheiros dissidentes da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), oposição, já provocaram 30 mortos no último ano.

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