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Alberto Mindoro, camionista de 53 anos, respira de alívio quando o termómetro apontado à sua testa lê 34 graus de temperatura, e escapa à quarentena durante o rastreio da covid-19 ao entrar em Moçambique, na fronteira com o Zimbabué.
O moçambicano encara o medo do novo coronavírus para garantir o emprego, e atravessa fronteiras de países da região com elevados números da covid-19, percorrendo milhares de quilómetros ao volante da sua plataforma, mas sente calafrios quando tem de regressar a casa, porque teme transportar o vírus para a família.
"Eu sinto mais [arrepios] quando estou a regressar a casa, fico sem saber se levei a doença" contou à Lusa, Alberto Mindoro, que abranda o desassossego com as medidas de higiene pessoal e o rastreio a que foi sujeito na fronteira de Machipanda.