
Denominado de Fundo Lavanta, o mecanismo de financiamento resulta de uma parceria entre o Governo de Cabo Verde e as Nações Unidas e destina-se aos jovens empreendedores dos 18 aos 35 anos, ou mulheres, igualmente empreendedoras, sem qualquer limite de idade.
O montante mínimo de financiamento será de 150 mil escudos cabo-verdianos (1.360 euros) e o máximo de 1,5 milhões de escudos (13,6 mil euros).
O programa terá um âmbito nacional, sendo aceites candidaturas de todas as ilhas e concelhos do território nacional, que estão abertas desde segunda-feira e prolongam-se até 13 de setembro próximo.
"São cerca de 300 mil dólares americanos que o PNUD coloca à disposição de Cabo Verde, a fundo perdido, e que vamos criar um fundo de conta garantia por forma a permitir-nos que tenhamos um volume de financiamento à volta de um milhão de dólares para apoiar esses micro e pequenos empresários que se encontram hoje numa situação mais difícil em termos de acesso a financiamento e que querem reerguer o seu negócio com criatividade", descreveu o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia.
"Com mais este mecanismo, estamos a criar as condições para que mais pessoas tenham acesso a financiamento com taxas de juros mais baixas, máxima 5,5%, podendo pagar em seis anos, com seis meses de carência", prosseguiu.
Segundo o número dois do Governo, o fundo de financiamento vem reforçar as condições para que o país possa continuar a intervir e a apoiar os micro, pequenos e médios empresários, sobretudo jovens e mulheres em todas as ilhas de Cabo Verde.
"Deste modo, estaremos a proporcionar aqui um sistema que é bom, que é facilitador, mas também que se enquadra dentro daquilo que é o ecossistema já montando", salientou Olavo Correia.
Neste momento, o vice-primeiro-ministro disse que o país conta com cerca de 17 milhões de dólares (14,4 milhões de euros) que estão a funcionar como garantia para apoiar as empresas e o Governo quer mobilizar mais fundos para o efeito.
"E este montante vai acrescentar valor ao fundo já constituído", afirmou, garantindo que o Governo "vai fazer de tudo" para que o acesso seja desburocratizado, facilitado, em tempo certo e não haja muito mais burocracia na tramitação para aqueles que precisam.
De acordo com o ministro, o Governo está a trabalhar com os parceiros bilaterais e multilaterais para aumentar ainda mais o fundo, que está na Pró-Garante e que serve como garantia para os micro, pequenos e médios empresários que têm dificuldade.
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