De acordo com o Ministério da Saúde, 413 das 1.274 mortes ocorreram nos últimos três dias, mas foram incluídas nos dados de hoje, quando ainda está a ser investigada a eventual relação de 3.580 óbitos com a covid-19.

O Brasil, que ocupa a segunda posição na lista de países mais afetados pelo novo coronavírus, apenas atrás dos Estados Unidos da América, é também a segunda nação com maior número de recuperados, com 2.243.124 pacientes a superarem a doença.

Até ao momento, 763.480 doentes infetados continuam sob acompanhamento, segundo a tutela.

O país sul-americano, com uma população estimada de 210 milhões de pessoas, tem agora uma incidência de 49 óbitos e 1.479,7 casos da doença por cada 100 mil habitantes.

Já a taxa de letalidade da covid-19 mantém-se nos 3,3%.

O estado de São Paulo continua a ser o foco da pandemia no Brasil, totalizando oficialmente 639.562 pessoas diagnosticadas e 25.571 vítimas mortais.

Apesar de o novo coronavírus ter sido registado oficialmente no país em 26 de fevereiro, surgiram agora informações de que o vírus poderá estar em circulação há mais tempo.

O secretário de Saúde do estado do Espírito Santo, Nésio Fernandes, disse hoje, em conferência de imprensa, que foram detetados anticorpos do novo coronavírus num morador que fez uma doação de sangue em 11 de fevereiro.

"Nós identificámos numa amostra biológica datada de 11 de fevereiro os anticorpos para a covid-19 de uma paciente que doou sangue (...), que não viajou para o exterior e apresentou sintomas respiratórios um mês antes da doação de sangue, estando assintomática nos últimos 14 dias anteriores à doação. Nós notificámos o Ministério da Saúde. Os dados da paciente serão preservados", disse o secretário.

De acordo com o Nésio Fernandes, o facto de a paciente apresentar sintomas respiratórios um mês antes de ter efetuado a doação de sangue é sinónimo de que "a doença já circulava" antes do dia 26 de fevereiro, data oficial do primeiro caso no Brasil, registado em São Paulo.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 736 mil mortos e infetou mais de 20,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

MYMM // SR

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