"Primeiro estou analisando a lista de convidados [de Fernández]. Quando assumi aqui, não convidei algumas autoridades", disse Jair Bolsonaro, à saída do Palácio da Alvorada, a sua residência oficial em Brasília.

O chefe de Estado brasileiro não confirmou nem negou versões dos 'medias' locais segundo os quais ele decidiu suspender a viagem do ministro da Cidadania, Osmar Terra, à Argentina, anunciado como enviado da Presidência brasileira na cerimónia de posse de Fernández há pouco menos de um mês.

Segundo fontes diplomáticas, até ao momento está confirmada apenas a presença do embaixador do Brasil na Argentina, Sérgio Danese, na cerimónia de posse.

Será a primeira vez desde 2003 que um chefe de Estado brasileiro não participa da posse de um Presidente da Argentina, o terceiro maior parceiro comercial do Brasil no mundo e o primeiro na América do Sul.

Jair Bolsonaro esclareceu hoje que as relações comerciais continuarão normalmente, apesar das divergências políticas que ele diz ter com o novo governante argentino.

"Nosso comércio com a Argentina continuará da mesma maneira, sem nenhum problema. Não mudaremos nada", disse o Presidente brasileiro.

Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro fez duras críticas a Fernández, a quem chamou de "bandido de esquerda", e expressou explicitamente o seu apoio ao atual Presidente argentino, Mauricio Macri, que foi derrotado e não conseguiu a reeleição.

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