Na prática, e segundo explicou à Lusa Aida Mota, diretora executiva do INSS, o acordo prevê que diariamente sejam pagas as pensões até um máximo de 200 pessoas diretamente nos sucos (divisão administrativa do país), para evitar riscos de contágio da covid-19.

"Fizemos um acordo para começar a pagar às pessoas. O objetivo é pagar diretamente nos sucos e para isso vamos envolver o Ministério da Administração Estatal e o Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) para garantir o cumprimento de medidas sanitárias", referiu.

"O BNCTL pediu uma a duas semanas para iniciar esse processo", notou.

O acordo foi alcançado numa reunião de coordenação entre o INSS e o Banco Nacional de Comércio de Timor-Leste (BNCTL), que decorreu hoje para resolver a questão dos pagamentos, que deveriam já ter começado a ser feitos.

Antes da reunião, Antonio Vítor, presidente do Conselho de Administração do BNCTL, disse à Lusa que o banco estava a fazer esforços para começar a fazer pagamentos ainda este mês, admitindo que iria ocorrer de forma faseada.

O responsável do BNCTL explicou que esta prestação, tradicionalmente, é paga apenas em julho, abrangendo o primeiro semestre do ano, tendo sido antecipada para junho "devido à política do executivo procurar injetar dinheiro na economia".

A afetar o calendário tem estado o facto de os membros do Conselho de Administração, um gerente e vários funcionários do BNCTL estarem atualmente isolados depois de terem testado positivo à covid-19.

"Temos de garantir as medidas de prevenção e não queremos que isso alastre. Temos de tomar medidas de segurança para os nossos funcionários e nossos clientes", disse Antonio Vitor.

 

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