"Deixem-nos governar e deixem-nos trabalhar”. Luís Montenegro recebe voto de confiança do povo português. Coligação de direita fez a festa do bicampeonato eleitoral na “casa” das noites eleitorais, mas não foi ao Marquês de PombaL celebrar.
AD ficou na frente, mas o vencedor claro foi o Chega. Entre os derrotados, destaque para as hecatombes do PS e do Bloco. Livre e IL subiram, PAN manteve, JPP entrou e CDU recuou.
A porta-voz do PAN agradeceu hoje o "voto de confiança" dos eleitores que permitiram manter a representação no parlamento, mas reconheceu que o resultado ficou aquém das expetativas, responsabilizando o "voto útil" por não conseguir um grupo parlamentar.
Da expressão da ‘maioria maior’ concedida a Montenegro à hecatombe socialista, passando pelas conquistas parlamentares do Chega e do Livre, explore a tradução numérica das legislativas de domingo.
Após quilo que considerou ser “uma grande vitória” - com “mais votos, mais mandatos e esta é uma maioria maior do que há um ano” -, Luís Montenegro não respondeu diretamente à questão sobre se mantém o “Não é não” ao Chega. Veja o discurso na íntegra
“Do ponto de vista aritmético seria possível apenas uma coligação do PS com o Chega. Como isso não parece possível resta dar expressão à vontade do povo”
AD elegeu mais nove deputados do que nas legislativas de 2024. Noite foi de festejos na sede da AD, com primeiro-ministro reeleito a garantir que resultados mostram que "povo quer este Governo".
"O partido vai ter de tomar decisões muito importantes na relação com o Governo e eu não quero ser um estorvo", admitiu o ainda líder dos socialistas que nunca dará suporte a Luís Montenegro.
Apontou o dedo às empresas de sondagens e à comunicação social, André Ventura recusou ainda responder a futuros cenários e possíveis negociações com Luís Montenegro e a AD, deixando para os próximos dias conversas sobre a estabilidade do país. Veja o discurso do líder do Chega
"Do ponto de vista aritmético seria possível apenas uma coligação do PS com o Chega. Como isso não parece possível resta dar expressão à vontade do povo"
O líder do Chega deixou ainda várias ameaças de que o partido vai "exigir contas a todos os poderes em Portugal" e às empresas de sondagens que falharam.
Perante os resultados, Pedro Nuno Santos anunciou a demissão do cargo de secretário-geral do PS e marcou eleições internas. Recusou ser parte do apoio ao Governo de Luís Montenegro e defendeu que o partido "tem de se afirmar como alternativa política", pois a "alternativa à AD não pode ser o Chega".
Com seis deputados eleitos, o Livre alcançou o seu melhor resultado e Rui Tavares não escondeu a felicidade e o orgulho face aos votos conquistados. “Perto de chegar ao sétimo deputado”, o partido lança agora a missão de “dinamizar um grande movimento progressista” no país. Veja o discurso do porta-
Rui Rocha destacou o crescimento do partido em número de votos e deputados, mas admitiu que ambicionava poder contribuir para uma maioria com a AD, o que não foi possível. Veja o discurso do líder dos liberais
Chega já elegeu mais oito deputados do que em 2024 e ainda falta contar os dois círculos das Emigração, nos quais partido conquistou dois dos quatro mandatos nas legislativas anteriores.
Admitindo que é “dia triste no Parlamento”, Inês Sousa Real sublinhou que “continua sentada no parlamento” e que a permanência do PAN “é muito importante”. Veja discurso da coordenadora do PAN
Nuno Melo, líder do CDS, atirou ao PS, "causador da crise política", que considera ter sido fortemente penalizado. “Que lhes sirva de lição”, acrescentou. Veja o discurso do centrista
O resultado obtido pela CDU foi “de resistência num quadro particularmente exigente”, defendeu Paulo Raimundo. Com três deputados eleitos, ficou de fora o segundo deputado por Lisboa (António Filipe). Veja aqui o discurso do secretário-geral do PCP
Chega já elegeu mais oito deputados do que em 2024 e ainda falta contar os dois círculos das Emigração, nos quais partido conquistou dois dos quatro mandatos nas legislativas anteriores.
Minutos antes de ser confirmada como a única deputada do Bloco de Esquerda eleita, Mariana Mortágua admitiu a necessidade de "fazer uma reflexão" e "aprender" com esta campanha. "Ninguém de esquerda que defenda a liberdade, a democracia, pode estar feliz com esta noite, ninguém", vincou. Veja aqui o
O parlamento perdeu alguns "históricos" do PS, BE e CDU com a perda de votos registada nas eleições de domingo, como o comunista António Filipe ou o socialista José Maria Costa.