O Presidente da República foi esta quarta-feira confrontado por uma mulher durante uma visita à 95:º Feira do Livro de Lisboa, que o acusou de inação face à crise na Palestina, recusando-se a ouvir explicações.

Durante a visita, Marcelo Rebelo de Sousa foi interpelado por uma mulher que se aproximou com um cartaz em que se lia "Há genocídio da Palestina" e acusou o Presidente da República e o Governo português de nada fazerem em relação à crise humanitária vivida na Faixa de Gaza.

"Vai haver uma manifestação hoje às 18h00 [no Largo de] Camões e eu peço a todas as pessoas que se importam e que se importam com crianças que apareçam, por favor. É muito importante", disse ainda.

“Não me agarre pelo pescoço”

O Presidente tentou dialogar com a mulher, que recusou, pedindo-lhe para não lhe tocar no pescoço enquanto afirmava os motivos pelos quais não queria ouvi-lo.

A mulher acabou por se afastar e Marcelo Rebelo de Sousa explicou-se aos jornalistas que presenciaram o momento, sublinhando que Portugal mudou o sentido de voto na ONU em relação ao reconhecimento da Palestina como membro de pleno direito.

"Portugal, já disse várias vezes, através do Presidente da República, através do primeiro-ministro e do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, que está, em conjunto com outros Estados europeus, a estudar e a ponderar para haver uma atitude conjunta sobre essa matéria", disse ainda.

A Feira do Livro de Lisboa prolonga-se até 22 de junho, no Parque Eduardo VII.