As mãos experientes de Maria Teresa Gomes são guardiãs de um tesouro ímpar: o saber-fazer que adiciona, como um tempero, aos pratos servidos n’A Carvalheira, restaurante típico instalado a poucos quilómetros do centro de Ponte de Lima. Na elegante sala, o irmão José recebe com o cuidado e a simpatia que tornaram a casa uma referência no Alto Minho e no país.
Os pratos robustos confecionados com ingredientes de topo, segundo as tradições da região, a extensa oferta vínica e o serviço atencioso valeram à Carvalheira um Garfo de Prata na mais recente edição do Guia Boa Cama Boa Mesa 2025. Em 2023, aquando da comemoração dos 20 anos desta publicação, o restaurante foi destacado com o galardão Mesa com Mérito, reforçando a presença em todas as edições do guia.
O projeto familiar começou em 1995, mas em 2014 mudou-se para uma nova casa, mais espaçosa. Se, no exterior da Quinta do Eido Velho, os jardins bem cuidados chamam a atenção de quem chega, dentro de portas o esmero faz-se notar nos detalhes: a lareira acesa no inverno, as paredes de pedra – à entrada, recheiam-se com notícias e distinções –, as cadeiras confortáveis e as mesas impecavelmente colocadas. Tudo importa.
E tudo deve merecer o mesmo cuidado que Maria Teresa Gomes imprime nas receitas, confecionadas sem véus e com produto de qualidade. Nesta casa rústica provam-se, a abrir, “Favas com fumados” (€7) e o incontornável presunto, cortado finamente (€18). Depois, há “Bacalhau com broa” (€25), “Cabrito assado no forno” (€49) e o típico “Arroz de sarrabulho” (€35), além da lampreia, na devida época. No final, delicie-se com a “Pera borrachona” (€4) e o “Pudim Abade Priscos” (€5). A tradição estende-se ao copo, onde brilham centenas de exemplares para todos os gostos, sem esquecer as regionais, como o vinho verde tinto.
A Carvalheira (Rua do Eido Velho, 73, Fornelos. Tel. 258742316) encerra ao domingo ao jantar e à segunda-feira.