
A presidente da Câmara, Sónia Sanfona, pediu que se “ponha coração e inteligência nas nossas ações para não regressarmos ao passado”, durante o discurso na Assembleia Municipal comemorativa dos 51 anos do 25 de Abril de 1974, que se realizou na noite de 24 de abril, no Mercado Municipal de Alpiarça.
A autarca alpiarcense assegurou que há quem esteja interessado em preverter a democracia e os valores e conquistas de Abril “que moldaram a vida durante os últimos 50 anos” e dirigiu-se às gerações mais novas pedindo que não “fiquem à sombra das conquistas do passado” e que se avivasse o espírito de resistência nos portugueses que não querem perder a liberdade.
No seu discurso destacou também a importância das celebrações de forma a manter vivo o espírito e a importância “sobretudo naqueles que por não o terem vivido (25 de Abril de 1974) podem mais facilmente desvalorizar os seus méritos.
A autarca aproveitou o momento solene para relembrar algum do trabalho executado pelo Município, como a construção do novo posto da GNR e do novo Centro de Saúde, que estarão prontos em maio e agosto, respetivamente, bem como da requalificação da Escola José Relvas e a adjudicação da ampliação da Escola Abel Avelino. Sónia Sanfona garantiu ainda que durante o mês de maio se iniciarão as obras de requalificação de várias habitações sociais do município.
A presidente da Assembleia Municipal, Regina Ferreira, apontou a fragilidade das democracias relembradas “pelas lições de história recentes” e pelo ressurgimento de conflitos armados e regimes autoritários. A autarca destacou também os desafios futuros como a procura de soluções para a crise climática e a criação de hábitos e práticas sustentáveis.
“Há um caminho longo a percorrer para que os jovens tenham um futuro saudável”, vincou.
Em representação do Partido Comunista, o deputado municipal e candidato à presidência da Câmara, Mário Pereira, apontou a cerimónia solene como um momento de homenagem às décadas de luta anteriores ao 25 de Abril e destacou o ódio que se tem sentido cada vez mais à liberdade e aos valores progressistas “ao serviço dos grandes interesses que acumulam milhões de euros” à custa da classe trabalhadora.
“Todos não somos demais para defender a liberdade e os valores de Abril face às ameaças que enfrentam”, concluiu Mário Pereira.