
O Alentejo registou, em 2024, um agravamento do saldo natural, mantendo a tendência negativa observada em anos anteriores, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no relatório «Estatísticas Vitais 2024».
A região apresentou uma das proporções mais elevadas de óbitos entre pessoas com 80 ou mais anos, atingindo 65,4%, superior à média nacional de 60,7%. Esta realidade contribuiu de forma significativa para o saldo natural negativo, uma vez que o número de nascimentos continuou a ser insuficiente para compensar a mortalidade elevada.
O número de nados-vivos no Alentejo diminuiu face a 2023, acompanhando a tendência nacional de redução da natalidade, que foi de 1,2%. Em contrapartida, o número de óbitos manteve-se elevado, refletindo o envelhecimento demográfico da região.
No que respeita aos casamentos, o Alentejo foi uma das quatro regiões do país onde se verificou um aumento no número de celebrações. Em 2024, registou-se um crescimento de 2,1% face ao ano anterior, contrariando a tendência de decréscimo nacional (-0,9%). Este aumento ocorreu em simultâneo com o ligeiro crescimento observado nas regiões da Grande Lisboa, Península de Setúbal e Região Autónoma da Madeira.
Apesar do aumento de casamentos, o envelhecimento da população e a quebra da natalidade mantêm-se como desafios estruturais para o Alentejo. De acordo com o INE, a maioria dos óbitos na região continua a ocorrer em idades avançadas, sendo que mais de metade dos falecimentos dizem respeito a pessoas com mais de 80 anos.