A Associação dos Ucranianos em Portugal apelou hoje ao secretário-geral da NATO, Mark Rutte, para dar prioridade ao combate à propaganda russa durante a sua visita oficial a Lisboa, agendada para a próxima segunda-feira. A organização sublinha que, apesar dos esforços da União Europeia para enfrentar esta ameaça, as medidas ainda são insuficientes.

O presidente da associação, Pavlo Sadokha, destacou, em comunicado, que é comum ver “comentadores que, disfarçados de especialistas independentes, retransmitem a propaganda russa palavra por palavra, como difundida pelos canais de comunicação oficiais da Rússia”. Sadokha pediu a Rutte para considerar o impacto destas práticas na segurança da informação nos países da NATO.

Agenda de Mark Rutte em Lisboa

A visita de Mark Rutte ao território português integra os contactos regulares que promove junto dos Estados-membros da Aliança Atlântica. Em Lisboa, estão previstos encontros com Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, o primeiro-ministro Luís Montenegro, o ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Rangel e o ministro da Defesa Nacional Nuno Melo.

Durante esta ocasião, a associação ucraniana relembra os cerca de 20 milhões de ucranianos residentes em países da NATO, afirmando que estas comunidades veem as forças da aliança como “proteção contra o genocídio russo” e não como uma agressão.

Sadokha pediu ainda que os líderes considerem as necessidades da diáspora ucraniana ao tomarem decisões sobre o apoio à Ucrânia, realçando que os ucranianos continuam a sofrer traumas profundos, tanto dentro como fora do país, que terão impacto nas próximas gerações.

“Esta guerra já custou demasiadas vidas e provocou traumas irreparáveis”, afirmou o presidente da associação, sublinhando que o apoio internacional é crucial para a resistência ucraniana.”