O Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária (PJ) da Madeira vai acolher, no próximo dia 6 de junho, pelas 14h30, a primeira reunião do projeto-piloto que visa monitorizar e mapear o consumo de drogas e novas substâncias psicoativas na Região Autónoma da Madeira (RAM), através da análise de águas residuais.

A iniciativa resulta de um estudo académico de âmbito regional, da autoria de um inspetor da PJ, e conta com a colaboração científica da Universidade da Madeira e da Universidade da Beira Interior.

O projeto propõe a recolha de amostras em Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de todos os concelhos da RAM, incluindo o Porto Santo, ao longo de um período de 12 meses. O objetivo é detetar resíduos de substâncias ilícitas, com especial atenção às novas substâncias psicoativas, permitindo assim um mapeamento mais rigoroso e atualizado dos padrões de consumo na região.

As ETAR envolvidas são, na maioria, geridas pela Empresa de Águas e Resíduos da Madeira (ARM) — nomeadamente nos concelhos de Ribeira Brava, Câmara de Lobos, Machico, Santana e Porto Santo. Nos restantes concelhos — Funchal, Ponta do Sol, Calheta, Porto Moniz, São Vicente e Santa Cruz — a gestão é da responsabilidade das respetivas câmaras municipais.

Este projeto representa um passo inovador na monitorização das dinâmicas do consumo de drogas na RAM, recorrendo a métodos científicos de análise ambiental para fins de saúde pública e prevenção criminal.