
De 4 a 9 de agosto, em Valezim, o Ocupar a Velga regressa para a sua 4ª edição — uma ocupação que se faz de arte e comunidade, e que durante seis dias, convida a imaginar outros mundos.

Depois de na edição anterior, o evento “chamava a olhar com atenção o tempo presente”, a nova edição convida “a abrir espaço para o porvir”. “Num mundo em que a pressa dos dias cimenta os caminhos, deixemo-nos guiar pelas frestas”, desafia a organização do evento.
O Ocupar é Velga é um projeto da Produção d’Fusão financiado pela Direção-Geral das Artes, BPI | Fundação “la Caixa”, Câmara Municipal de Seia, Junta de Freguesia de Valezim, Junta de Freguesia de Sazes da Beira e Aldeias da Montanha.
MUDA, de Clara Andermatt com o Instituto Nacional de Artes do Circo abre a secção de espetáculos do “Ocupar a Velga”, num trabalho performativo que se liga com a estética do cinema mudo. Uma proposta arrojada entre o sonho e a ficção.
A companhia portuense Coração nas Mãos sobe à montanha para um Chá das Cinco, uma proposta divertida de circo para toda a família. Também Rui Paixão está de volta à aldeia com a sua nova criação Furo Lento, um western distópico sobre a extinção do planeta e a colonização espacial. Robert Panda traz um Estúpido que vem para ficar, e à semelhança do ano passado, há também passagem pela vizinha Sazes da Beira numa volta ao mundo em curtas-metragens.
A programação faz-se também para os mais novos com o já habitual laboratório de artes performativas (6 aos 13 anos) e uma sessão de curtas infantis.
Haverá ainda sessões de leitura, histórias rítmicas, oficinas ambientais e oficina de combate à desinformação. O último dia traz Lena d’Água, com a participação especial da Banda Filarmónica de Loriga, e a terminar, um Oráculo: dançar até ao ano seguinte!
“Ao longo dos dias, artistas de circo, dança, música e escultura dão vida à aldeia e trazem outras tantas (vidas) consigo. Há gente de fora e gente de dentro. E há o cruzamento entre todas elas. Há lá coisa mais transformadora!|”, refere a organização.