O futuro de Portugal é, mais do que nunca, uma questão de escolha coletiva. Vivemos num tempo de grandes desafios — sociais, económicos, climáticos — mas também de oportunidades. O que faremos com elas definirá o rumo do nosso país nas próximas décadas.

Portugal tem dado passos importantes na modernização digital, na transição energética e na valorização da cultura e do turismo. No entanto, enfrenta problemas sérios que não podemos ignorar: a emigração jovem, os baixos salários, a crise na habitação e a fragilidade dos serviços públicos. Sem resolver estas questões estruturais, qualquer promessa de progresso será superficial.

A chave para o futuro está em apostar na educação de qualidade, na inovação tecnológica e na coesão social. Portugal tem talento, recursos naturais e uma posição estratégica invejável. Mas falta ambição política a longo prazo e uma maior exigência cívica por parte dos cidadãos.

É preciso mais do que sobreviver — temos de construir um país onde valha a pena viver. Um país onde os jovens possam sonhar, os idosos possam descansar com dignidade e todos se sintam representados.

O futuro de Portugal não está escrito — está por escrever. E depende de nós.

TEXTO:

Manuela Ferreira Henriques