O Município da Chamusca apresentou a nova Rota das Igrejas, na manhã de sábado, 19 de abril. A iniciativa tem como objetivo abrir as portas das igrejas da vila ao público, pelo menos uma vez por mês, para dar a conhecer o vasto património religioso da vila.

A apresentação do projeto decorreu na Ermida da Nossa Senhora do Pranto, que marca o início do percurso, já que se encontra no ponto mais alto da vila, permitindo “visualizar todo o território”, explicou Joel Moedas-Miguel, historiador encarregue das visitas guiadas pelo percurso, que se vai estender ao longo das sete igrejas da vila. Para além do ponto de partida, o percurso passa pela Igreja da Misericórdia, Igreja Matriz, Igreja de São Francisco, Igreja de São Pedro, Igreja de Nossa Senhora das Dores e pela Igreja de Nosso Senhor do Bonfim.

As igrejas vão estar de portas abertas ao terceiro sábado de cada mês, entre maio e novembro, e têm como objetivo ser um produto turístico estratégico na Chamusca, já que ao percorrer a Rota das Igrejas, os visitantes estarão também a conhecer a vila da Chamusca. As visitas serão acompanhadas por um audioguia disponível através da plataforma Visit Chamusca. Uma versão física do audioguia também pode ser levantada no Posto de Turismo. Serão ainda disponibilizadas visitas virtuais e um mapa 3D de todas as igrejas.

A expansão às restantes igrejas do concelho está a ser equacionada, dependendo do sucesso do projeto.

Em declarações ao NS, o presidente da Câmara, Paulo Queimado, referiu que o objetivo da musealização da rota significa que os espaços “têm que estar abertos e visitáveis”, e que isso é um fator importante para se poder aceder a fundos comunitários para a reabilitação das igrejas, que segundo o autarca precisam de ser requalificados, especialmente ao nível dos telhados, revelando ainda que já estão a ser preparadas algumas intervenções nas situações mais prioritárias como a Ermida da Senhora do Pranto ou a Igreja da Misericórdia.

“Logicamente que é um fator que pode dar pontos numa candidatura”, vinca o autarca, relembrando que há alguns espaços que não estão abertos ao culto religioso, e que são utilizados muito esporadicamente.