
O arquiteto Nuno Portas, natural de Vila Viçosa, faleceu aos 90 anos, deixando um legado marcante na arquitetura, no urbanismo, no ensino e na política portuguesa.
Ex-ministro e professor catedrático da Universidade do Porto, Nuno Portas destacou-se também como crítico de arte e investigador. Recebeu, entre outros, o Prémio Gulbenkian de Crítica de Arte (1963) e o Prémio Sir Patrick Abercrombie de Urbanismo, atribuído pela União Internacional de Arquitectos (2005). O seu vasto fundo documental está hoje preservado na biblioteca que leva o seu nome, na Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade Nova (Azurém, Guimarães).
Vida pessoal e família
Casado entre 1957 e 1968 com a escritora Helena Sacadura Cabral, foi pai de Paulo Portas e de Miguel Portas (falecido em 2012). Teve ainda uma filha, Catarina Portas, fruto de uma relação com Margarida Sousa Lobo.
Em homenagem pública, Helena Sacadura Cabral escreveu:
“Apesar de há muitos anos termos seguido caminhos diferentes, permanece a dádiva de termos sido pais de pessoas incríveis. Neste momento, o meu coração está especialmente voltado para o filho que me resta e para os nossos netos, que enfrentam agora a dor de uma perda profunda. Que Nuno encontre paz e que a memória do que foi bom siga viva no coração de quem o amou.”
Um percurso de impacto
Licenciado em Arquitetura pela Escola de Belas Artes do Porto, Nuno Portas dirigiu a revista Arquitetura, foi autor de textos de referência e participou nos Governos Provisórios após o 25 de Abril, contribuindo para políticas públicas na área do urbanismo e habitação.