Arrancou no dia 15 de maio mais uma edição da Festa dos Contos – Festival da Palavra, que vai já na 15.ª edição. Organizada pela Trimagisto com a coprodução do Município de Montemor-o-Novo, a iniciativa lançou este ano uma pergunta provocadora: “Quantos ‘eus’ existem em mim?”. O ponto de partida foi dado na Biblioteca Municipal Almeida Faria e no Cineteatro Curvo Semedo, dois dos principais palcos deste festival que dá voz à arte de contar.

A manhã começou com a formação “Poesia de Coração na Boca”, orientada por Maria Caetano Vilalobos, natural de Montemor. Às 10h30, a Tenda dos Contos acolheu António Fontinha, uma referência nacional na arte da narração oral, com o espetáculo “Histórias para Ganhar Tempo”, dirigido ao público infantil e sénior.

Durante a tarde, Fontinha regressou com a oficina “Conversas de Roda, sobre a prática de contar histórias”, dinamizada na Biblioteca Municipal. Já no Cineteatro Curvo Semedo, a tarde ficou marcada pela performance “A2”, de Manuela Ferreira, que assinalou a primeira atividade deste espaço no contexto da festa.

A abertura oficial teve lugar às 21h00, no palco do Curvo Semedo, com um momento musical do Coral de São Domingos. Seguiu-se uma homenagem sentida ao Professor Vítor Guita, figura emblemática da comunidade montemorense, cuja dedicação à cultura local foi enaltecida por vários intervenientes, entre os quais o Vereador da Cultura e Arte, Henrique Lopes.

O primeiro dia do festival encerrou com “20 Dizer”, uma leitura poética acompanhada de música, protagonizada por José Rui Martins e Luís Vieira, da ACERT – Associação Cultural e Recreativa de Tondela.

A programação prossegue a 16 de maio com a romaria “É de Sonho e de Pó”, marcada para as 21h00. Com ponto de partida no Convento de São Domingos e chegada ao Cineteatro Curvo Semedo, a romaria envolve uma diversidade de participantes: Beatriz Filomeno, Diana Linguiça, D’Temple Dance Studios, Fanfarra dos Bombeiros, Oficina do Canto e a Universidade Sénior do Grupo dos Amigos de Montemor.

Até 17 de maio, Montemor-o-Novo continuará a ser palco de encontros, histórias e palavras. Além das atuações, há muito para explorar: a incubadora de projetos “Tanta Palavra”, com o programa “Cardápio”; o Espaço Livreiro, uma livraria itinerante; o Espaço Galeria, com exposições de Mafalda Milhões e dos alunos do 10.º ano de Técnico de Auxiliar Educativa da Escola Secundária de Montemor-o-Novo; o espaço de tatuagem; e a já tradicional Tasquinha dos Contos.

Durante três dias, a cidade não é apenas de história — é, sobretudo, de histórias.