No âmbito da campanha nacional de sensibilização para a prevenção dos maus-tratos na infância, promovida pela Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ), cerca de mil crianças vão reunir-se esta quarta-feira, dia 30 de abril, no Complexo Desportivo do Casal Vistoso, no Areeiro, para formar um Laço Azul humano.

A ação, desenvolvida em parceria com a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) e a Câmara Municipal de Lisboa (CML), insere-se no conjunto de iniciativas que decorrem durante o mês de abril — o Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância — e pretende alertar a sociedade para a urgência de proteger e garantir os direitos das crianças.

Com o slogan “Serei o que me deres… que seja amor”, a campanha reforça a importância de denunciar situações de maus-tratos e destaca que a proteção das crianças é um dever coletivo. Os maus-tratos podem ocorrer em qualquer contexto social e manifestar-se de várias formas — desde a negligência ao abuso físico, psicológico e sexual.

As CPCJ (Comissões de Proteção de Crianças e Jovens) acompanham anualmente entre 70 mil a 80 mil crianças em risco, o que revela uma realidade preocupante e persistente no país.

A simbologia do Laço Azul remonta a 1989, quando uma avó norte-americana, Bonnie Finney, prendeu uma fita azul na antena do carro em memória do seu neto, vítima mortal de maus-tratos. O gesto inspirou o movimento global de prevenção, com o azul a representar as marcas da violência sofrida por muitas crianças.

Durante todo o mês de abril, dezenas de edifícios e espaços públicos em Portugal estão iluminados a azul como forma de homenagear as vítimas e sensibilizar a comunidade.