
No próximo dia 18 de novembro, às 21h30, o Cineteatro Camacho Costa, em Odemira, abrirá as suas portas para uma experiência singular: o espetáculo de ópera intitulado “Manifesto Nada”. Esta performance é uma das pérolas da programação elaborada pela Miso Music Portugal em parceria com o Município, uma iniciativa que tem como objectivo enriquecer o panorama cultural do concelho.
“Manifesto Nada” mergulhador nas águas turvas e revolucionário do movimento DADA, um movimento artístico do início do século XX que desafiou e redefiniu as fronteiras da arte. Inspirado pela atitude irreverente do movimento, o espetáculo traz à tona o espírito de ruptura de Tristan Tzara, considerado o precursor do dadaísmo. Foi ele quem ousou romper com a poesia tradicional ao publicar, em 1924, os “Sete Manifestos Dada”, um ato que questionava as convenções culturais, sociais, morais, estéticas e linguísticas da época.
Partindo dessa obra seminal, o talentoso músico António de Sousa Dias propõe uma jornada inebriante por esse universo, explorando diversas expressões musicais contemporâneas ou afins ao movimento DADA, onde a lógica cede espaço à expressão livre e disruptiva. Sob a direção de cena de Alexandre Lyra Leite, esta “ópera-manifesto” contará com a interpretação magistral do barítono Rui Baeta, as sopranos Joana Manuel e Célia Teixeira, acompanhados pelo conjunto composto por Fábio Oliveira (trompete), Philippe Trovão (saxofone tenor ) e Guilherme Reis (contrabaixo).
Este espetáculo, onde a ousadia e a experimentação se entrelaçam numa dança caótica e cativante, será de acesso livre ao público, oferecendo a todos a oportunidade de se deixarem envolver por essa atmosfera única e desafiadora.
Não perca esta oportunidade de mergulhar no universo dadaísta e testemunhar a quebra de paradigmas numa noite que promete desafiar e expandir os horizontes artísticos. A entrada é gratuita, proporcionando a todos o acesso a essa experiência inesquecível no Cineteatro Camacho Costa.