O Serviço de Helicópteros de Socorro Médico entra numa nova fase a partir desta terça-feira, 1 de julho, com a Força Aérea Portuguesa (FAP) a assegurar transitoriamente as operações, em articulação com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), numa altura em que o contrato com a operadora anterior, a Avincis, termina.

Serão quatro os helicópteros operacionais da FAP, com equipas médicas disponíveis 24 horas por dia, sempre ativados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM. Esta solução garante a manutenção de um serviço vital enquanto decorre a transição para o novo operador, a empresa Gulf Med Aviation Services, vencedora do recente concurso público internacional para este serviço até 2030.

Durante o período de transição, o serviço será prestado gradualmente. Já a partir de amanhã, dois helicópteros da Gulf Med, com equipas médicas do INEM, entrarão em funcionamento em regime de 12 horas, com os restantes a serem integrados até 30 de setembro, cumprindo todas as exigências da legislação aeronáutica europeia, sobretudo no que diz respeito à segurança.

Enquanto o novo contrato entra plenamente em vigor, o INEM recorreu a um ajuste direto temporário, depois de uma consulta preliminar ao mercado, garantindo que o país não fica desprotegido neste domínio da assistência médica urgente por via aérea.

O INEM agradece publicamente à FAP pela pronta resposta e empenho demonstrado, assegurando a continuidade deste serviço considerado essencial para a salvaguarda de vidas em situações críticas e de difícil acesso por via terrestre.

Com o fim do contrato celebrado há mais de duas décadas com a empresa Avincis, o Instituto reconhece o contributo excecional desta operadora e dos seus profissionais — desde pilotos a mecânicos — pelo papel desempenhado em milhares de missões que marcaram o socorro aéreo em Portugal.

Este é um momento-chave para o sistema de socorro nacional, que entra agora numa nova era, marcada por uma renovação tecnológica e de operação que pretende manter e reforçar os elevados padrões de eficiência e resposta que o país exige.