
A empresa portuguesa Fundilusa — Fundições Portuguesas Lda, sediada em Vila Nova de Cerveira, produz as hélices do NRP D. João II, o novo navio da Marinha Portuguesa, com entrada em operação prevista para 2026.
A prova em fábrica das hélices, uma fase crucial na construção naval, decorreu no dia 27 de maio e contou com a presença de especialistas da Damen (empresa responsável pelo projeto do navio), do Diretor-Geral da Fundilusa, Pablo González, e do Capitão-Tenente Luís Matos Filipe, da Equipa de Acompanhamento e Fiscalização da Marinha Portuguesa.
Fundada em 1989, a Fundilusa é uma referência nacional na fundição e maquinação de hélices, pás e componentes de propulsão marítima, empregando atualmente cerca de 200 colaboradores. A empresa destaca-se pela qualidade, fiabilidade e precisão dos seus produtos, sendo reconhecida a nível internacional.
O NRP D. João II integra o plano de modernização da Marinha no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), enquadrado no conceito estratégico do Centro de Operações de Defesa do Atlântico e Plataforma Naval Multifuncional.
Este novo navio, desenvolvido com tecnologia de ponta e conceito inovador, terá capacidade para vigilância marítima, investigação oceanográfica, apoio a emergências e catástrofes, além de funções de experimentação tecnológica. Estará equipado com laboratórios, enfermaria, sistemas de movimentação de cargas e viaturas, e permitirá a operação de helicópteros, ‘drones’ e embarcações de superfície e sub superfície.
A Marinha prevê que o NRP D. João II entre em serviço em 2026, reforçando significativamente a capacidade de resposta naval de Portugal no Atlântico.