
O candidato comunista vive em Fajões há quatro anos e evidencia as suas ideias. Critica o papel dos atuais presidentes de junta nas reuniões de Assembleia Municipal que “entram mudos e saem calados”.
ENSINO.
Foi o ensino que trouxe Álvaro Couto, de 68 anos, para Fajões. Oriundo de uma outra zona do país, assentou arraiais há quatro anos na freguesia do nordeste do concelho para lecionar no Agrupamento de Escolas de Fajões. Atual leciona em Arouca, mas continua a residir nesta freguesia que escolheu para viver depois da experiência positiva que foi lecionar naquele agrupamento escolar.
SURPRESA.
A candidatura à presidência da Assembleia de Freguesia de Fajões configura para Álvaro Bosco “uma supressa, uma honra e uma missão”. Está a ocupar o lugar de António Bosco, autarca da CDU eleito nas últimas eleições autárquicas para a Assembleia de Freguesia de Fajões, mas que por motivos familiares o impedem de voltar a ser cabeça de lista. “Decidiu aproveitar o seu tempo, e dá por finalizado o seu trajeto e a sua missão. Foi uma surpresa para mim, que os meus camaradas e amigos de Fajões terem-me convidado para esta missão”.
MOBILIDADE.
Álvaro Couto diz-se uma pessoa preocupada com os problemas de Fajões porque gosta da sua gente, e está disposto a colaborar para que a freguesia continue na senda do progresso. Elege a mobilidade como um dos temas principais a ser dativo. “Fora da época escolar, há um autocarro de manhã, há outro à tarde, isto cria enorme dificuldades de fixação das pessoas, cria enormes dificuldades também em questões de emprego e mobilidade. É um problema de quase todas as freguesias que estão na periferia. Este é um problema que urge resolver de uma vez por todas”.
SILÊNCIO.
Álvaro Couto admite que o problema da mobilidade é um tema que vai muito além da competência da Junta de Freguesia, mas defende que seria importante que o executivo da Junta Freguesia deve “mobilizar-se para, junto da sociedade civil, junto da Câmara Municipal, também trabalhar para que se resolve este problema de uma vez por todas”. Mas, critica o candidato da CDU, “uma das características também que os presidentes da junta de freguesia têm tido na Assembleia Municipal é de que entram muitos sem calados”. E acrescenta: “Acho que há aqui um certo receio relativamente à pessoa do senhor presidente da câmara. Alguns até são da mesma cor política, mas não têm tido força, não têm tido coragem de expor este problema”.
OBRAS INACABADAS.
O candidato da CDU considera que os dois anteriores presidentes de Junta de Freguesia ajudaram a evoluir a freguesia. “Tiveram os seus méritos e, portanto, por aqui se pode dizer que a CDU não vem para botar nada abaixo, vem para construir, para ajudar a construir, mas também teve os seus defeitos”, afirma o candidato. O candidato comunista critica as obras inacabadas. “Fez-se obras, mas há obras que ficaram por acabar. Puseram-se tapetes novos nas estradas. Depois, o que é curioso, as passadeiras deixaram de existir. O caso mais flagrante é em frente ao Agrupamento de Fajões onde passam centenas de crianças por dia”.
ABANDONO.
“Em frente à Junta de Freguesia está um magnífico parque, bem feito, com palco, zona ajardinada, com parque infantil, mas logo ao lado, atravessando a ponte, há uma zona completamente abandonada, que devia ser completada com um campo futebol, com uma zona também que pudesse ser parqueada, com as pessoas poderem fazer ali um piquenique, passear. Não se acaba, não se leva aquilo até ao fim, as coisas ficam ali a meio termo. Há sempre a desculpa que não há dinheiro para tudo, mas há dinheiro para outras coisas, falta de prioridade.
