
Num esforço conjunto para enfrentar a crescente crise habitacional na Área Metropolitana de Lisboa (AML), mais de 200 especialistas, autarcas e representantes governamentais reuniram-se ontem, dia 7 de novembro, no Auditório Carlos Avilez, no Estoril. O encontro, intitulado “Desafios que precisam de Soluções”, colocou em evidência a necessidade urgente de uma abordagem integrada e metropolitana para lidar com o problema de habitação que afeta milhares de famílias na região.
Organizado pela AML, em colaboração com a Câmara Municipal de Cascais, o evento destacou a importância de fortalecer redes de cooperação entre municípios e o governo central. Segundo Basílio Horta, presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, a crise habitacional atinge especialmente a AML, onde cerca de 50.000 famílias vivem em condições indignas. A situação, disse Horta, “exige um empenho político e um esforço coordenado de todos os envolvidos”.
O encontro contou com uma mesa-redonda moderada pelo investigador Jorge Gonçalves, e a presença de figuras como Inês de Medeiros e Filipa Roseta, que abordaram temas como a falta de alojamento estudantil e a situação das pessoas em situação de sem-abrigo. Ainda durante a tarde, foi apresentado o Observatório Metropolitano da Habitação e do Habitat, uma nova plataforma que visa apoiar os municípios na monitorização e gestão habitacional.
Carlos Humberto de Carvalho, primeiro-secretário metropolitano, encerrou o encontro com um apelo à continuidade dos projetos habitacionais no pós-PRR, salientando que “a dimensão do problema exige soluções sustentáveis e a longo prazo”.