A Vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, com o pelouro da Cultura, Ana Paula Amendoeira, elogiou esta sexta-feira, 9 de maio, a qualidade e o impacto do Encontro Literário «Palavras ao Vento», promovido pelo Município de Redondo, sublinhando o seu contributo para a promoção da leitura, da liberdade e da coesão territorial.

Em declarações no arranque da quarta edição do evento, Ana Paula Amendoeira considerou o festival «uma iniciativa de referência na região», destacando o seu alcance na área da literatura, da poesia popular, da promoção da leitura entre crianças e adultos e da valorização dos escritores. «É uma iniciativa de liberdade, de fomento da liberdade. Porque a leitura, os livros, fazem-nos sonhar, viajar e dão-nos uma possibilidade de liberdade interior que praticamente nada nos dá melhor», afirmou.

A responsável sublinhou ainda a importância simbólica da data de abertura do festival. «Hoje é o Dia da Europa, 9 de maio, um dia muito importante para todos os europeus. A cultura e a leitura são também fatores de coesão. E este festival, ao assumir-se como literário e no coração do Alentejo, ganha ainda mais força simbólica», referiu.

Ana Paula Amendoeira destacou também o valor da expressão “no coração do Alentejo”, agora associada ao festival. «Coração é uma palavra que remete para memória, saber e ética. Quando dizemos aprender de cor, significa aprender pelo coração. É isso que a cultura nos deve dar: ética, memória e sentido», afirmou.

A representante da CCDR Alentejo reconheceu igualmente o esforço do município na construção de um projeto cultural sólido e contínuo. «Todos os anos, o Município de Redondo surpreende com a qualidade da programação e o profissionalismo da sua equipa. Esta é uma iniciativa com critérios e seleção de convidados ao nível de qualquer evento literário no país», disse.

Referindo-se à aposta municipal em políticas públicas para a cultura, Ana Paula Amendoeira destacou o projeto da biblioteca itinerante e a inauguração da nova Biblioteca Armando Carmelo. «É um trabalho de continuidade que tem raízes na história da Fundação Gulbenkian, que durante anos levou livros aonde o Estado não chegava. Redondo mantém esse legado e leva cultura a quem mais precisa. Essa talvez seja a manifestação mais cordial, no sentido do coração, de generosidade com os outros que têm menos», concluiu.

A edição de 2025 do Festival «Palavras ao Vento» decorre até 18 de maio, no Jardim Municipal, e conta com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República.