
A tempestade ‘Martinho’ não deu tréguas a Portugal, deixando um rasto de destruição de norte a sul. Durante a madrugada, milhares de ocorrências foram registadas, desde quedas de árvores e estruturas, acidentes e estragos em edifícios. O impacto foi de tal ordem que as principais pontes sobre o Tejo tiveram de ser encerradas ao trânsito, causando o caos na mobilidade da região de Lisboa.
Na Ponte Vasco da Gama, os ventos fortes derrubaram uma carrinha na faixa mais à esquerda, levando ao bloqueio da circulação e obrigando as autoridades a fecharem temporariamente a travessia. Já na Ponte 25 de Abril, as restrições foram severas, e a Fertagus anunciou a suspensão da circulação ferroviária, limitando os serviços apenas ao trajeto entre Setúbal e Coina.
No distrito de Setúbal, a tempestade fez estragos consideráveis, com ventos a derrubar painéis, sinais de trânsito e a provocar acidentes rodoviários. Os relatos de moradores descrevem uma noite de puro caos, com rajadas que pareciam arrancar tudo pelo caminho.
A norte do país, o cenário não foi mais brando. O Parque Nacional da Peneda-Gerês enfrenta um incêndio de grandes proporções, agravado pelos ventos ciclónicos de ‘Martinho’, dificultando o trabalho das equipas de combate às chamas.
As alterações climáticas voltam a ser tema de preocupação, pois Portugal tem sido um dos países mais fustigados por tempestades severas nos últimos anos. Os meios de socorro trabalharam sem descanso durante toda a noite, enfrentando uma das piores tempestades registadas nos últimos meses.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alertou para a possibilidade de mais fenómenos extremos nos próximos dias, reforçando o aviso para a população adotar máximas precauções e evite deslocações desnecessárias.
A proteção civil apela a que casos de emergência sejam reportados de imediato, e que os cidadãos estejam atentos às recomendações das autoridades.