
A sustentabilidade tem vindo a ganhar raízes profundas na Quinta da Alorna, em Almeirim. Nos últimos quatro anos, a histórica propriedade vitivinícola da região do Tejo investiu cerca de 340 mil euros em práticas sustentáveis, afirmando-se como uma das referências nacionais nesta área. O investimento reflete-se na vinha, nas culturas agrícolas e na vasta área florestal que compõe a propriedade com mais de 2.500 hectares.
Com mais de 160 hectares de vinha, a Quinta da Alorna é uma das apenas duas empresas do concelho com o selo Sustainable Winegrowing Portugal, uma distinção atribuída em 2024 no âmbito do Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Setor Vitivinícola, promovido pelo Instituto da Vinha e do Vinho e pela ViniPortugal.
Além da certificação de sustentabilidade, a empresa possui ainda a certificação IFS Food, garantindo elevados padrões de segurança e qualidade alimentar em mais de 1,4 milhões de garrafas que engarrafa anualmente.
Pedro Mascarenhas, Diretor Agrícola da Quinta da Alorna, destaca a aposta na agricultura regenerativa e na agricultura de precisão: “Procuramos adotar práticas que reforcem a sustentabilidade dos solos e reduzam o impacto ambiental da nossa atividade. Investimos em equipamentos e serviços que nos permitem recolher dados, avaliar impactos e medir a produtividade de forma eficiente.”
As boas práticas estendem-se às 500 hectares de culturas anuais de regadio e aos 1.900 hectares de floresta, onde a propriedade mantém certificações como PRODI (produção integrada), UEA (uso eficiente de água) e FSC (gestão florestal responsável). A floresta, composta por montado de sobro, pinhal manso (com produção certificada de pinhão biológico) e eucaliptos para pasta de papel, tem um papel essencial na retenção de carbono, prevenção da erosão e promoção da biodiversidade.
“É uma floresta muito bem implementada e um dos pulmões de Almeirim”, sublinha Pedro Mascarenhas.
Outro pilar da estratégia ambiental da Quinta da Alorna é a produção de energia limpa. Desde 2013 foram instaladas sete centrais fotovoltaicas, permitindo evitar a emissão de cerca de 170 toneladas de CO2 por ano, contribuindo para a redução da pegada ecológica da propriedade.
Com um legado de mais de 300 anos, a Quinta da Alorna reforça assim o seu compromisso com o futuro. A aposta na sustentabilidade continuará em 2025, com novos investimentos previstos para consolidar uma agricultura mais equilibrada, regenerativa e amiga do ambiente.