Durante um almoço que juntou 2.000 pessoas em Lisboa, veio de Pedro Filipe Soares a primeira crítica durante esta campanha ao PCP, que no mesmo discurso afiançou que "PSD e CDS não terão maioria absoluta nas próximas eleições, nem sequer uma maioria parlamentar".

"Nós dissemos que se eles tinham uma assembleia que aprovava um orçamento, que o orçamento cortava salários e pensões, que tinham um Presidente que era um padrinho deste orçamento, nós íamos para o Tribunal Constitucional desvendar este nó e garantir que não havia cortes nos salários e cortes nas pensões", recordou.

Pedro Filipe Soares questionou sobre onde estava a restante oposição, PS e PCP.

"Nós dissemos: precisamos de 23 deputados e nós somos só oito. Venham connosco ao Tribunal Constitucional. Levámos a tampa do PS e levámos a tampa do PCP", lamentou.

O número dois do BE pela lista de Lisboa recordou que, "contra as lideranças, contra os grupos parlamentares", o partido conseguiu arranjar "deputados e deputadas para ir ao Tribunal Constitucional", fazendo assim a diferença.

Pedro Filipe Soares criticou, ainda, o facto de estarem "PSD e CDS a tentarem cantar de galo" e de Passos Coelho estar "a arranjar até novas artimanhas", já que agora o primeiro-ministro "é todo falinhas mansas".

"Tenta falar ao ouvido dos pensionistas a quem cortou as pensões, tenta falar ao ouvido dos jovens a quem disse para emigrar. Tenta falar ao ouvido dos desempregados a quem retirou o posto de trabalho. Nós só temos de perguntar: então o lobo vestido de cordeiro não continua a ser um lobo e não continua a querer fazer a austeridade como Pedro Passos Coelho?", disse.

Este almoço - o maior de sempre em campanha organizado pelo partido - marcou a primeira aparição do ex-coordenador Francisco Louçã, juntando à porta-voz, Catarina Martins, nomes como João Semedo, Fernando Rosas, Mário Tomé, Marisa Matias, José Manuel Pureza, António Chora e Mariana Mortágua.

O deputado socialista Vitalino Canas entregou em janeiro de 2012 no Tribunal Constitucional, o requerimento para a fiscalização da constitucionalidade do Orçamento do Estado para 2012, assunto que então motivou discussão na reunião da bancada do PS.

O pedido de fiscalização do Orçamento foi subscrito por 17 deputados socialistas - contra a posição oficial do partido, então liderado por António José Seguro - e oito do Bloco de Esquerda, número que ultrapassou o mínimo de 23 assinaturas necessárias para ser admitido no Tribunal Constitucional.

JF // JLG

Lusa/fim

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