
O novo prazo concedido por Rivlin foi anunciado instantes depois de esgotado o limite inicial dado a Benny Gantz para formar um executivo (meia-noite em Jerusalém, 21:00 em Lisboa) e prolonga-se até à meia-noite de quarta-feira, hora local.
Caso Gantz e Netanyahu não consigam colocar um ponto final na mais longa crise política da história de Israel, a responsabilidade passará para o parlamento, onde qualquer membro eleito poderá tentar reunir o apoio de 61 deputados (de um total de 120) para formar governo e evitar um quarto ato eleitoral em menos de um ano no país.
Gantz pediu a Rivlin a prorrogação do prazo na noite de sábado, após um princípio de acordo que incluía a rotação com Netanyahu na liderança do governo e que, segundo o partido de Gantz, caiu por terra devido a um desacordo em torno da composição do Comité de Nomeações Judiciais.
O antigo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas tinha-se candidatado ao cargo de presidente do Knesset (parlamento) e foi eleito em 06 de março. Imediatamente a seguir à eleição, Gantz apelou para um "governo de união e de emergência" para gerir a crise do novo coronavírus.
Benjamin Netanyahu conta com o apoio de 59 dos 120 parlamentares de Israel e precisaria de mais dois para obter a maioria e poder formar um governo.
Gantz obteve o apoio de um maior número de deputados e ficou com aquela tarefa. O país é dirigido por um executivo em transição há mais de 15 meses.
Caso não haja acordo dentro do prazo estipulado, o parlamento terá de convocar novas eleições.
SYL (DA/SS/PAL) // SR
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