Uma das bases militares iraquianas com tropas norte-americanas atingidas pelos mais de uma dúzia de mísseis iranianos localiza-se perto de Erbil, a capital do Curdistão iraquiano. A outra é Ain al-Assad, a noroeste de Bagdad.

O ataque foi reivindicado pelos Guardas da Revolução iranianos como uma "operação de vingança", em retaliação pelo assassínio por Washington do general Qassem Soleimani, comandante da sua força Al-Quds, na sexta-feira num ataque aéreo em Bagdad.

Num comunicado divulgado após a reunião conjunta da presidência, parlamento e conselho de ministros do Curdistão, as autoridades curdas lamentam os últimos acontecimentos no Iraque relacionados com a escalada de tensão entre Washington e Teerão.

Apelam a todas as partes a "deixarem a região do Curdistão fora dos conflitos e disputas", assinalando que as ações militares "não resolvem os problemas".

Alertam, por outro lado, para a "necessidade de apoio à coligação (internacional conduzida pelos Estados Unidos) para continuar a luta contra o (grupo extremista) Estado Islâmico".

O primeiro-ministro do Curdistão iraquiano, Massud Barzani, indicou na rede social Twitter ter falado hoje com o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, sobre a questão e sugerido "formas de inverter a escalada e conter a situação" no Iraque.

A televisão estatal iraniana referiu que aquela operação militar foi designada "Mártir Soleimani" e que matou "pelo menos 80 militares norte-americanos".

O Departamento de Defesa norte-americano confirmou que "mais de uma dúzia de mísseis" iranianos foram disparados contra as duas bases e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou na rede social Twitter que está em curso uma avaliação de vítimas e danos, mas que até agora "está tudo bem".

PAL // FPA

Lusa/fim