A cantora e compositora Carolina Deslandes edita, esta quinta-feira, o sétimo albúm "Chorar no Club", um álbum "completamente diferente" de tudo o que já fez, composto por 24 músicas feitas para serem consumidas ao longo do dia, ao ritmo de uma por hora.

A cantora que já tinha parcerias com Agir e Diogo Clemente referiu que "neste disco decidi marcar sessões com pessoas diferentes, algumas que nem sequer conhecia".

"Pela primeira vez na vida fui para estúdio com criativos diferentes e isso despertou em mim coisas que nunca tinham acontecido, porque trabalhei sempre com as mesmas duas pessoas, e fez-me ter muita vontade de criar", partilhou.

A forma que Deslandes encontrou para explicar às pessoas que "apesar de ser tudo tão diferente faz parte da mesma coisa" foi "inserir no universo" que é e que acredita que todos são.

"Um disco que acompanhe as 24 horas do nosso dia"

É por isso que “Chorar no Club” é apresentado como a caixa de um medicamento, com 24 doses, as canções, cada uma "com o horário em que deve ser ouvida".

"No mesmo dia podemos acordar com uma notícia má e estarmos tristes, passados dez minutos alguma coisa nos faz rir, e estamos a rir durante vinte minutos, à tarde podemos estar podres de sono, e à noite vamos jantar com as nossas amigas e acabamos a beber um copo e a dançar. E eu queria um disco que acompanhasse todas as possibilidades do mesmo dia", contou.

"Foi pensado um disco que acompanhe as 24 horas do nosso dia", explicou.

Na 'bula' do álbum cada 'comprimido' tem as respetivas "componentes químicas, que são também uma brincadeira, como 0,5 mg de saudades de casa com 0,5 mg de auto-sabotagem, por exemplo", bem como o horário em que devem ser 'consumidas'.

"Estou aqui há muito anos, é o meu sétimo disco, e já criei uma legião de pessoas que vibram com isto da mesma maneira que eu e que têm recebido estas canções, tanto ao vivo como nas redes sociais, com um entusiasmo que é quase um vírus contagioso, e ainda bem", partilhou.

A cantora não queria repetir convidados. "Chorar no Club" conta apenas com um dueto, "Tento na língua", a estrear-se com Iolanda.

A edição física do álbum, em CD e vinil, chegará na segunda metade do ano e trará "surpresas".