Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 1,86%, para os 26.078,62 pontos, na que foi a baixa mais forte desde há mais de um ano.

O tecnológico Nasdaq recuou 1,56%, para as 7.785,25 unidades, e o alargado S&P500 cedeu 1,79%, para os 2.887,61 pontos, registando, à semelhança do Dow Jones, a perda mais pesada desde o fim de agosto.

Depois de já ter fechado em forte baixa na terça-feira, Wall Street agravou hoje as perdas, com a reação defensiva às estatísticas consideradas dececionantes da principal economia mundial.

Na terça-feira, o índice da associação profissional ISM sobre a atividade no setor industrial em setembro indicou um nítido recuo, caindo para o seu nível mais baixo desde há 10 anos.

As criações de emprego no setor privado, por seu lado, diminuíram para 135 mil em setembro, depois de 157 mil em agosto, segundo o inquérito mensal do gabinete ADP, divulgado hoje.

"A fraqueza dos números do emprego destacou a fraqueza do indicador ISM divulgado na terça-feira", salientou Chris Low, da FTN Financial.

O Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, deve divulgar na sexta-feira os números da criação de emprego e os do desemprego relativos a setembro.

"Uma outra razão (da descida dos índices bolsistas) decorre de os atores financeiros estarem à espera para ver se a Reserva Federal continua a seguir a sua política de apoio à economia", acrescentou Low.

O banco central norte-americano tem prevista a sua próxima reunião sobre política monetária no final do mês.

Segundo um instrumento da plataforma bolsista CME, mais de três quartos dos corretores apostam em uma nova descida das taxas de juro neste dia.

O presidente do banco da Reserva Federal em Nova Iorque, John Williams, reconheceu hoje que as tensões comerciais entre Washington e Pequim faziam pairar um clima de incerteza sobre a economia dos EUA, durante um discurso pronunciado em San Diego.

Segundo Williams, "um certo número de ventos contrários provoca uma diminuição do crescimento norte-americano" e "há claramente um conjunto de incertezas e riscos aos quais vai ser preciso responder".

Os investidores estão agora focados nas negociações sino-norte-americanas, previstas para recomeçarem na próxima semana, em Washington.

RN // SR

Lusa/Fim