Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average progrediu 0,88%, para os 28.837,52 pontos, que é seu valor mais elevado desde o início de setembro.

Da mesma forma, o tecnológico Nasdaq valorizou 2,56%, para as 11.876,25 unidades, e o alargado S&P500 avançou 1,64%, para as 3.534,22.

"Parece que os investidores estão menos preocupados com a possibilidade de uma eleição presidencial contestada, dado o avanço do [ex-]vice-presidente Joe Biden nas sondagens", estimou Jack Ablin, da Cresset.

Os investidores "estão a contar com um plano de apoio [à economia] depois das eleições de novembro. É a razão pela qual o mercado teve uma bela semana, na que passou, e continuou [hoje] com a tendência", salientou o analista.

No setor tecnológico, o destaque foi para a Apple, cujas ações subiram 6,35%, na véspera de um anúncio esperado de um novo iPhone equipado com a tecnologia 5G.

Mas a Amazon também teve um dia bom, ao valorizar 4,75%, para 3.442,93 dólares, o que aproxima a cotação do título do recorde estabelecido no início de setembro, em 3.500 dólares.

Na terça-feira, a Amazon vai lançar o seu grande dia de promoções, com o designado 'Prime Day'.

"Terça-feira é um dia importante para a Apple e a Amazon, com muita publicidade e talvez um crescimento de vendas", previu Jack Ablin.

Mas, na efervescência de um setor tecnológico em franca ascensão, a Alphabet, que é a holding da Google, a Tesla e a Facebook também conheceram um bom dia, com valorizações respetivas de 3,56%, 1,91% e 4,27%.

Para Adam Sarhan, analista na 50 Park Investment, para a subida do Nasdaq, além da boa forma da Apple, contribuíram também os grupos que disponibilizam serviços e produtos à distância, "até porque não se vê o fim das restrições sanitárias".

Na sua perspetiva, "está a investir-se nos títulos dos grupos ditos 'stay-at-home' ('fique em casa'), porque beneficiam com as medidas de distanciamento social.

"A maior parte destas empresas" que tiram benefícios das restrições sanitárias "estão no setor da tecnologia e na sua maioria no Nasdaq, razão pela qual este vai bem", realçou.

Os investidores estão também a reorientar as suas atenções para o início da época de divulgação de resultados trimestrais.

Durante esta semana são esperados os resultados de uma trintena de empresas, a começar pelos grandes bancos dos EUA, que constituem um bom barómetro do estado financeiros das empresas, quando a economia norte-americana afetada pela pandemia reanima lentamente.

Mas, já hoje, o JPMorgan e o Wells Fargo fecharam com ganhos, de 1,24% e 1,50%, respetivamente.

"Wall Street prepara-se para outro trimestre em baixa (...), mas deve haver menos tinta vermelha nas contas das empresas" que nos trimestres anteriores, "o que deve assinalar uma melhoria dos lucros nos próximos trimestres", antecipou Sam Stovall, chefe da estratégia de investimento na CFRA Research.

A continuação das discussões sobre um novo plano de ajuda económica continua a estar no centro das atenções dos investidores, depois de a Casa Branca ter feito uma enésima mudança de posição sobre o tema, desta vez, ao pressionar o Congresso para que aprove um mini plano destinado às pequenas em médias empresas em dificuldade.

"O vai e vem sobre um novo projeto de lei de relançamento tem sido o principal motor dos mercados nos últimos tempos", considerou Art Hogan, da National Holdings Corporation.

O mercado obrigacionista esteve hoje fechado, devido ao dia feriado em honra de Cristóvão Colombo.

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