Segundo a Federação Nacional dos Veículos Automotores (Fenabrave), sindicato patronal que reúne os principais fabricantes de veículos, o Brasil registou 2.058.315 carros, camiões e autocarros no ano passado, ante o registo de 2.787.618 unidades registadas em 2019.

O resultado foi o pior para o setor nos últimos cinco anos, mas os dados foram melhores do que o impacto inicialmente projetado pela organização para o mercado no ano passado, que previa queda nas vendas em torno de 30%.

Apesar da queda anual, as vendas de automóveis no Brasil cresceram 8,4% em dezembro face a novembro, para 244 mil unidades, o maior volume mensal em 2020.

No entanto, em relação a dezembro de 2019, os registos caíram 7,1% no último mês do ano.

O setor automóvel foi severamente atingido pela crise económica derivada da pandemia de covid-19, que paralisou parte da economia entre março e junho de 2020.

As autoridades iniciaram uma reabertura gradual da economia brasileira no final do primeiro semestre do ano, o que permitiu uma forte recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no terceiro trimestre deste ano.

A economia brasileira cresceu à taxa recorde de 7,7% no terceiro trimestre face ao segundo trimestre de 2020, após uma contração entre abril e junho de 9,6% do PIB.

Enquanto aguardam a divulgação dos dados oficiais do Governo, analistas do mercado preveem que a economia brasileira caiu 4,3% no ano passado, abaixo da queda de 5% projetada em setembro.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (196.561, em mais de 7,7 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.854.305 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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