No documento, a central sindical sublinha que "todas as previsões para 2022 apontam para uma inflação manifestamente superior a 7%", pelo que reivindica aumentos reais dos salários, recusando a possibilidade de uma espiral inflacionista, como tem defendido o Governo.

"A meta fixada pelo primeiro-ministro de, ao longo da legislatura, aumentar o salário médio em 20% deve ser encarada em termos reais, pois só assim é possível a recuperação de rendimentos e a convergência face à média da zona euro", afirma a UGT.

Quanto ao salário mínimo nacional, a UGT defende uma atualização dos atuais 705 euros para 765 euros em janeiro de 2023, reiterando o objetivo de atingir pelo menos 1.000 euros em 2028.

Nas medidas fiscais, a central sindical liderada por Mário Mourão propõe a descida das taxas de IRS e a atualização dos escalões em linha com a inflação e defende um aumento do valor do subsídio de refeição isento de IRS.

A UGT continua também a exigir a reposição do valor das horas extraordinárias anteriores à intervenção da 'troika', ou seja, 50% de acréscimo na primeira hora e 75% na segunda e restantes.

Em 08 de setembro, também a CGTP apresentou o seu caderno reivindicativo para 2023, exigindo um aumento dos salários em 10%, com um mínimo de 100 euros por trabalhador, bem como a fixação do salário mínimo nos 850 euros em janeiro.

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