
O Presidente russo, Vladimir Putin, propôs esta sábado à noite negociações "diretas e sem condições prévias" entre a Rússia e a Ucrânia a 15 de maio em Istambul, adiando até lá a hipótese de um cessar-fogo.
"A Rússia está pronta para negociações sem condições prévias. Propomos que comecem na próxima quinta-feira, 15 de maio, em Istambul", afirmou Putin em declarações à imprensa no Kremlin, precisando que falará nas próximas horas com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Acrescentou ainda que estas conversações deverão centrar-se nas "causas profundas do conflito" em curso há mais de três anos -- desde que a Rússia invadiu a vizinha Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022 -, mas "não excluiu" que possam permitir instaurar "um novo cessar-fogo".
A Ucrânia e os aliados europeus exigiram este sábado que a Rússia concorde com um cessar-fogo total e incondicional durante pelo menos 30 dias a partir de segunda-feira, sob pena de enfrentar novas sanções económicas.
A proposta foi feita na sequência de uma reunião realizada em Kiev entre os chefes de Estado e de Governo da Ucrânia, França, Alemanha, Reino Unido e Polónia, a chamada "coligação dos dispostos", à qual se seguiu uma conversa telefónica com o Presidente dos Estados Unidos.
A reunião decorreu com a presença do Presidente ucraniano, Vlodymyr Zelensky, do Presidente francês, Emmanuel Macron, dos primeiros-ministros do Reino Unido e da Polónia, Keir Starmer e Donald Tusk, e o novo chanceler alemão, Friedrich Merz.
Merz e Macron ameaçaram com um "aumento drástico das sanções" se Putin não aceitar esta medida, explicando que os principais aliados europeus da Ucrânia estão a agir em coordenação com Donald Trump.