
Na nota, a Vulcan explica que cerca de 10% dos 5.300 trabalhadores das minas 1 e 2 em Moatize, província de Tete, aderiram à paralisação, admitindo que a ação está a afetar a produção de carvão, mas "ainda não é possível contabilizar as perdas em termos financeiros".
"Não houve destruição e nem vandalização de equipamento da empresa ou privado. No entanto, a greve não obedeceu aos trâmites legais", porque os trabalhadores em greve não entregaram um "aviso prévio".
A Vulcan manifestou abertura para um diálogo com os trabalhadores e prometeu à Direção Provincial do Trabalho de Tete que vai responder às reivindicações até ao dia 20.
"A Vulcan reforça o seu objetivo de garantir a continuidade da operação de carvão no país, alicerçado num forte compromisso com os seus valores, dando prioridade às pessoas e às comunidades ao seu redor", refere o comunicado.
No final de abril, a Vale anunciou ter concluído a operação de venda de ativos na exploração de carvão em Moçambique à indiana Vulcan Minerals, um negócio de 270 milhões de dólares (253 milhões de euros).
"A Vale comunica que concluiu no dia 25 de abril de 2022 o processo de transmissão responsável da operação de Moatize e do Corredor Logístico de Nacala para a Vulcan Resources, com base no acordo vinculativo da venda de ativos", anunciado em dezembro, referiu a Vale Moçambique, numa nota à comunicação social.
A Vulcan é uma empresa privada indiana que faz parte do Jindal Group, com um valor de mercado de 18 mil milhões de dólares (16,8 mil milhões de euros), e que já está presente em Moçambique, operando a mina Chirodzi, localizada também na região de Tete.
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