"Temos que estar preparados para o longo prazo. Porque o que vemos é que esta guerra se tornou agora uma guerra de desgaste", disse aos jornalistas Jens Stoltenberg.

O político norueguês encontra-se na capital norte-americana para preparar a cimeira da NATO - marcada para os dias 28, 29 e 30 de junho, em Madrid (Espanha) - e indicou que pretende alcançar resultados antes do evento.

A guerra na Ucrânia "poderia terminar amanhã [sexta-feira], se a Rússia acabar com a sua agressão", declarou hoje o secretário-geral da NATO, durante uma conferência de imprensa junto ao chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken.

Mas "não vemos nenhum sinal nessa direção, nesta fase", acrescentou.

A guerra liderada pela Rússia na Ucrânia vai durar "muitos meses", observou Antony Blinken.

Desde o início do conflito russo-ucraniano, as tropas russas assumiram o controlo de regiões da Ucrânia -- a maior parte de Kherson e parte de Zaporijia -- e progrediram lentamente no Donbass, em particular em Mariupol (sudeste).

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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