A reserva financeira da Região Administrativa Especial de Macau cifrou-se em 569,7 mil milhões de patacas (65,9 mil milhões de euros) no final de março, de acordo com a informação publicada no Boletim Oficial pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM).

Após uma queda de 4,5 mil milhões de patacas (524,4 milhões de euros) em fevereiro, a reserva financeira voltou a terreno positivo, acumulando uma subida de 10,5 mil milhões de patacas (1,23 mil milhões de euros) no primeiro trimestre de 2023.

Apesar do melhor arranque de ano desde o início da pandemia, o valor da reserva financeira permanece longe do recorde de 669,7 mil milhões de patacas (76,5 mil milhões de euros), atingido em fevereiro de 2021.

O valor da reserva extraordinária no final de março era de 404,4 mil milhões de patacas (46,7 mil milhões de euros) e a reserva básica, equivalente a 150% do orçamento público de Macau para 2022, era de 152,1 mil milhões de patacas (17,4 mil milhões de euros).

A reserva financeira de Macau é maioritariamente composta por depósitos e contas correntes no valor de 265,1 mil milhões de patacas (30,6 mil milhões de euros), títulos de crédito no montante de 125 mil milhões de patacas (14,5 mil milhões de euros) e até 175 mil milhões de patacas (20,2 mil milhões de euros) em investimentos subcontratados.

A reserva financeira tinha terminado 2022 com 559,2 mil milhões de patacas (65 mil milhões de euros), o valor mais baixo desde janeiro de 2019, justificado pela AMCM com "a crise geopolítica, o bloqueio de cadeia global de fornecimentos causado pela epidemia e a subida significativa das taxas de juros".

Mesmo no cenário de crise económica criada pela pandemia, a reserva financeira de Macau tinha crescido em 2020 e 2021, apesar de o Governo ter injetado mais de 90 mil milhões de patacas (mais de 10,3 mil milhões de euros) no orçamento.

No ano passado, as autoridades da região voltaram a transferir 68,2 mil milhões de patacas (7,8 mil milhões de euros) da reserva financeira para o orçamento público, que incluiu dois planos de apoio pecuniário à população.

O Governo gastou ainda 5,92 mil milhões de patacas (676,4 milhões de euros) para dar a cada residente oito mil patacas (cerca de 910 euros), montante que podia ser usado para efetuar pagamentos, sobretudo no comércio local, até ao final de fevereiro.

A Assembleia Legislativa de Macau aprovou em novembro o orçamento da região para 2023, prevendo voltar a recorrer à reserva financeira em 35,6 mil milhões de patacas (4,1 mil milhões de euros).

A região chinesa, cuja economia depende do turismo, seguiu até meados de dezembro a política chinesa de 'zero covid', com a imposição de quarentenas, confinamentos e testagens massivas.

VQ (CAD/JMC) // CAD

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