A audiência deverá centrar-se em "questões constitucionais e legais" que rodeiam as alegações de envolvimento de Biden nos negócios do seu filho Hunter fora dos Estados Unidos, de acordo com um porta-voz do comité de supervisão da Câmara dos Representes (câmara baixa).
Os republicanos, liderados pelo presidente da câmara baixa, Kevin McCarthy, defenderam nas últimas semanas que as ações de Biden desde o seu tempo como vice-presidente mostram uma "cultura de corrupção" e que o seu filho utilizou a "marca Biden" para promover os seus negócios com clientes estrangeiros.
O porta-voz também adiantou que o congressista republicano James Comer, presidente do comité de supervisão que lidera o inquérito de destituição, planeia emitir intimações para os registos bancários pessoais e comerciais de Hunter Biden e do irmão do Presidente, James Biden, "já esta semana".
A Casa Branca classificou o esforço dos republicanos da Câmara dos Representantes, quando se aproximam as presidenciais de 2024, como "política extremista no seu pior".
"A realização de uma audiência política nos últimos dias antes de poderem paralisar o governo revela as suas verdadeiras prioridades: para eles, os ataques pessoais infundados ao Presidente Biden são mais importantes do que prevenir uma paralisação do governo e a dor que isso infligiria às famílias americanas", vincou Ian Sams, porta-voz da Casa Branca, em comunicado hoje divulgado.
McCarthy anunciou o inquérito de destituição na semana passada, depois de enfrentar pressão crescente da ala mais à direita dos republicanos, para tomar medidas contra Biden ou correr o risco de ser destituído do seu cargo de liderança.
Ao mesmo tempo, o líder republicano na câmara baixa luta para aprovar a legislação necessária para evitar uma paralisação do governo federal no final do mês.
Os republicanos mais à direita ainda querem que McCarthy reduza os gastos federais abaixo dos níveis que estabeleceu com Biden como parte de um acordo orçamental no início deste ano.
O congressista da Califórnia lançou o inquérito sem votação na Câmara dos Representantes e não está claro se teria apoio suficiente para aprová-lo através da pequena maioria republicana.
DMC // CC
Lusa/Fim