De acordo com o relatório financeiro da CAM -- Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau, publicado no Boletim Oficial da região chinesa, as receitas caíram 26,7% no ano passado para 426 milhões de patacas (49,5 milhões de euros).

"Os altos e baixos da pandemia afetaram profundamente as operações diárias, as receitas financeiras e até a implementação de planos de desenvolvimento de negócios e projectos de infraestruturas no aeroporto", lamentou a CAM.

No ano passado o aeroporto de Macau registou 13.642 aterragens e descolagens, menos 13,6% do que em 2021, enquanto o número de passageiros caiu quase metade, para menos de 600 mil.

Ainda assim, a CAM garante ter "solidez financeira necessária para responder às alterações económicas e suportar as despesas necessárias para o desenvolvimento futuro", graças a um aumento do capital social para 6,28 mil milhões de patacas (730 milhões de euros).

"Depois de três anos de sofrimento com a pandemia, é esperado que 2023 seja um ano brilhante", defendeu a operadora do aeroporto.

A região chinesa, cuja economia depende do turismo, seguiu até meados de dezembro a política chinesa de 'zero covid', com a imposição de quarentenas, confinamentos e testagens massivas.

O relatório sublinhou que o Conselho de Estado, o executivo chinês aprovou em outubro o plano de expansão do aeroporto.

A CAM disse ter começado "imediatamente a preparação e realização de diversos trabalhos preliminares, tais como monitorização da investigação científica, planeamento dos projetos de construção e realização de um plano de financiamento".

No início do mês, a operadora disse que quase 66 mil passageiros passaram pelo aeroporto durante os cinco dias da chamada Semana Dourada do 1.º de Maio, um dos picos turísticos da China continental, cerca de 50% dos níveis antes da pandemia de covid-19.

A infraestrutura realizou um total de 572 voos entre 29 de abril e 03 de maio, equivalente a 53% do registado em igual período de 2019.

O aeroporto registou uma média de cerca de 144 voos e 13.178 passageiros por dia durante a Semana Dourada, referiu a CAM num comunicado.

A nota sublinhou que os passageiros vindos ou tendo como destino a China continental representaram dois terços do total, seguidos do Sudeste Asiático (24%) e de Taiwan (10%).

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