De acordo com dados dos relatórios trimestrais de tráfego da Enapor, empresa pública responsável pela gestão dos nove portos do arquipélago, em todo o ano de 2022 registaram-se 7.672 escalas de todo o tipo de navios, mais 12,8% face ao ano anterior.

No que toca ao movimento de passageiros, o total de 2022 foi de 1.357.247, um aumento de 24,6% tendo em conta os 1.088.626 movimentados em 2021, que já tinha sido um novo recorde nas ligações marítimas interilhas, recuperando assim das fortes quebras desde 2020, quando as viagens foram condicionadas pelas medidas para conter a pandemia de covid-19.

A CV Interilhas, liderada (51%) pela portuguesa Transinsular, do grupo ETE, detém desde agosto de 2019 a concessão do serviço público de transporte marítimo de passageiros e carga, por 20 anos, e concentra estas operações - que desde março passado envolvem também um operador marítimo privado local com ligações regulares entre Santo Antão e São Vicente - tendo admitido anteriormente que a pandemia representou uma quebra de 30% na atividade em 2020.

Só a CV Interilhas transportou cerca de um milhão e meio de passageiros em três anos de operações no arquipélago, segundo dados divulgados em agosto à Lusa pela empresa.

As ligações marítimas de passageiros foram totalmente suspensas pelo Governo de Cabo Verde entre final de março e meados de maio de 2020, com o estado de emergência, para conter a transmissão da covid-19.

A partir de 03 de setembro de 2020, os navios que garantem essas ligações interilhas passaram a poder usar até 75% da lotação nas viagens superiores a três horas e meia, contra os 50% estipulados desde a retoma do serviço em maio, devido à pandemia de covid-19, conforme previsto numa resolução do Conselho de Ministros.

Essas restrições foram totalmente levantadas em agosto de 2021, por decisão do Governo cabo-verdiano, face ao avançado processo de vacinação contra a covid-19, obrigando os passageiros à apresentação de teste negativo ou certificado de vacinação.

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